terça-feira, 11 de maio de 2010

Milla Jung e seu olhar

Segundo a própria Milla Jung, a artista é mestre em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina, especialista em “Fotografia como Instrumento de Pesquisa em Ciências Sociais” pela Universidade Cândido Mendes, tem aperfeiçoamento em fotografia pelo International Center of Photography em Nova Iorque e pela Escola para Assuntos Fotográficos de Praga, na República Checa.

Milla (na foto ao lado, em autorretrato) que participou de exposições individuais em diversas capitais da América Latina, bem como na França, Ucrânia, Grécia, Dinamarca, República Checa e Irã, é uma das grandes profissionais de fotografia que está ministrando uma oficina de Fotografia Autoral nos dias 20 e 21, às 14 horas (veja programação completa). Confira a entrevista.

Por que este tema, Fotografia Autoral? Já trabalhou em cima dele antes?
Sim trabalho este tema há muitos anos. Interessa-me pensar o que é um autor, aquele que inventa e rompe a própria regra, ampliando o campo da linguagem fotográfica.

Você costuma fotografar com câmera digital ou analógica? Por quê?
Com analógica porque não gosto de quantidade, preciso de qualidade.

Você credita que a popularização da fotografia digital banaliza a profissão do fotógrafo?
Não, o que importa é o olhar. Seria o mesmo que dizer que o computador banaliza a literatura. Não tem a ver com criação.

Você costuma editar suas fotos com programa de edição de imagens (tipo photoshop)? O que acha desta prática?
Sim, photoshop. Antes eu fazia a mesma coisa no laboratório, agora escaneio o negativo e faço no computador. Não vejo nenhum problema, a fotografia para mim é sempre uma ficção. É ingênuo pensarmos que a pós-produção pode alterar algo. Desde a fragmentação do espaço e o congelamento do instante no ato fotografico são criações, escolhas.

O que caracteriza suas fotos?
Reflexão crítica, para além da beleza estética.

Para você, o que é uma boa foto?
Uma foto que pense o mundo, sem reproduzir cliches.

Cite alguns fotógrafos que são referência no seu trabalho.
Robert Frank, Diane Arbus, Cindy Sherman, Sergio Larrain, Koudelka, Giacomelli.

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