Logo todos na platéia sentiram-se como se estivessem assistindo um professor já conhecido, participando com perguntas o tempo todo. Assim foi a apresentação de Comodo, que com muita naturalidade mostrou alguns cases deixando bem claro que, o que você cria é seu, não é preciso registrar, mas se for preciso você terá que provar que aquela foto é sua.
Comodo deu exemplo de uma história que todos acharam interessante, sobre uma senhora com mais de 80 anos procurou um advogado para tentar se aposentar, pois já não tinha idade para trabalhar estava sem dinheiro. O advogado procurou saber o que ela havia feito, onde ela tinha trabalhado e descobriu que ela nunca havia trabalhado de carteira assinada. Só que, quando ela disse que quando tinha 18 anos foi garota propaganda da Gina e teve sua foto estampada nas caixinhas dos produtos daquela marca. O advogado viu ali uma oportunidade de ajudá-la. Mesmo que você venda a sua imagem, você ainda tem direito a 5% do que a pessoa ou empresa ganhou com ela. Por isso a senhora (garota propaganda dos produtos Gina) ganhou 1 milhão e meio de reais pelo uso de sua imagem durante mais de 50 anos.
Ele contou também uma situação que ocorreu com seu amigo Germano Schur, que tirou uma foto de um resort enquanto passou férias e depois postou no Google earth, 2 anos mais tarde ele viu sua foto em uma publicidade do resort em uma revista de turismo. Resultado, ele ganhou alguns mil $$ e a agência teve que publicar p anúncio novamente com os créditos de imagem.
Cômodo disse que, se 51% da renda da pessoa vem da fotografia ela é um fotógrafo profissional, aquilo que é produzido tem direito protegido por 70 anos e se alguém usar ela tem 3 anos para reclamar.
O simpático palestrante finaliza com a frase “O fotógrafo deve saber que é apenas um instrumento, não deve se culpar e nem se vangloriar”.
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